Aconteceu de forma online, na tarde do último dia 16 de dezembro, a reunião dos representantes das entidades que compõem a coordenação da StreetNet Internacional para a região das Américas. A entidade é sediada na África do Sul e congrega camelôs, ambulantes e feirantes de todo o mundo. O objetivo foi definir o país que sediará a versão 2022 do encontro regional da StreetNet. Após muito diálogo e avaliação de viabilidades, o Brasil foi escolhido como país sede e deve preparar em breve os detalhes do evento a ser realizado no próximo ano.
A última edição do encontro foi realizada em 2015. Segundo Juliano Fripp, representante do Brasil para a StreetNet na Améria Latina, o país ter sido escolhido como anfitrião representa, além de uma honra, também uma grande responsabilidade, considerando toda a importância que o encontro tem dentro de um contexto de saída da maior crise sanitária do século e do aumento vertiginoso que a mesma trouxe para o trabalho informal no Brasil e no mundo. “Lutamos para que o Brasil fosse escolhido como sede não por vaidade, mas por entendermos que, pelas dimensões continentais que possuímos, podemos contribuir muito com o aporte de propostas de soluções para as mais variadas realidades de descaso e precariedade pelas quais passam os trabalhadores informais que atuam nas ruas de todo o mundo”, destacou Juliano.
Há uma grande expectativa de que os resultados do encontro contribuam para apresentar soluções que ajudem no fortalecimento da luta dos trabalhadores informais a nível internacional, a começar pelo Brasil. O objetivo principal é, dentro deste contexto, realizar o planejamento estratégico da atuação da StreetNet e suas afiliadas para os próximos cinco anos no âmbito da América.
O evento deve ser coordenado pelo representante da direção do ‘Ponto Focal Regional’, José Herminio Diaz. Participarão representantes das 14 organizações afiliadas na região das Américas. Mais especificamente os seguintes países: EUA, Mexico, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Republica Dominicana, Colombia, Venezuela, Chile, Uruguai e Brasil (ainda está sendo definido o número de participantes por cada organização participante).
Segundo os organizadores o contexto pandêmico incentivou financiadores a ajudarem a StreetNet a realizar o evento, que representa também uma oportunidade para que as organizações que compõem a StreetNet pensem conjuntamente as prioridades e estratégicas do setor de trabalhadores informais ambulantes, camelôs e feirantes para os próximos anos. A expectativa é que estejam presentes além dos representantes das entidades afiliadas, também os coordenadores da StreetNet a nível regional e mundial.
Por:
Assis Cordeiro
Jornalista Profissional
DRT-PB 2334
Ascom da Unicab-Brasil
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